sexta-feira, 23 de outubro de 2015

AMARGURAS DO DOCE RIO







NOTA DO BLOG: Compartilhamos a reportagem postada por alguns companheiros do blog no Facebook, de modo especial, João Luiz Oliveira Barbosa, que nos alerta nesse vídeo curto, curto mesmo.
RIO DOCE JÁ COM ASSOREAMENTO (FOTO: WIKIPEDIA)

Essa curta-metragem, vem nos alertar para a situação dessa bacia hidrográfica denominada Bacia do Rio Doce.

A escassez de água em rios como aqui em Mutum se soma a tantas outras escassezes por esse lado de Minas Gerais e boa parte do Espírito Santo, nos 228 municípios que compõem essa Bacia.

O que isso tem haver com Mutum?
É que todo nosso descuido, todo nosso desprezo pela preservação/conservação do meio ambiente, "desagua" nessa situação. Tem haver com clima, mas também tem haver com crime. Crime do homem contra a natureza e indiretamente, contra os menos favorecidos socialmente e sobretudo contra as futuras gerações.
RIO DOCE ENTRE COLATINA E LINHARES

Veja o que diz a reportagem:

22/10/2015 15h41 - Atualizado em 22/10/2015 15h41
Filme mostra imagens fortes da atual situação do Rio Doce, no ES
Curta foi filmado na semana passada, em Colatina, Noroeste do estado.
Nas redes sociais, vídeo já teve mais de 100 mil visualizações.

Com o auxílio de um drone, duas produtoras capixabas registraram, na semana passada, a grave situação do Rio Doce, mostrando o enorme banco de areia que já toma conta da extensão no trecho localizado na entrada de Colatina, Noroeste do estado. O curta-metragem já é sucesso nas redes sociais, com mais de 100 mil visualizações.

"Rio Doce, a vida por um fio", produzido pela TK 1 Filmes e Goltara Filmes, exibe um atleta correndo na areia onde passava o curso do rio. O objetivo, de acordo com as produtoras, é apontar aquele que é, ao mesmo tempo, o maior responsável pelo desastre e o único que pode mudar esse cenário: o ser humano.

"Eu tinha que inserir o homem no vídeo. Ele é o principal responsável por esse quadro que tanto nos entristece, mas também aquele que pode mudar a situação", revelou o empresário, Rogério Sarmenghi, um dos responsáveis pelo vídeo.
Rogério é o autor do roteiro do filme, divulgado no perfil pessoal dele no Facebook. A rede social foi a única plataforma usada para difundir o vídeo.

"Foram dez dias de conversa com a outra produtora. Eu cuidei da ideia e eles da operação e gravação, que demorou uma hora e meia. Fiquei arrasado quando vi, através do jornal A Gazeta, a areia tomando a extensão do rio e decidi fazer o filme", comentou Rogério.

Para Claudiney Goltara, que também produziu as imagens, divulgar nas redes sociais traduz a importância da conscientização.

"Nossa única intenção com o filme é conscientizar. A gente precisa fazer algo para mudar essa realidade. As pessoas precisam tomar consciência que a água é primordial", finalizou Claudiney.

Situação de emergência
Em Colatina, já foi decretada situação de emergência devido à seca. O Rio Doce chegou ao nível crítico de sete centímetros. O nível considerado normal para esta época do ano é de 1,20 metro.
* Com informações de Caíque Verli, do jornal A Gazeta.

Veja o vídeo em:
http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/10/filme-mostra-imagens-fortes-da-atual-situacao-do-rio-doce-no-es.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar

FOTO DO RIO DOCE ENTRE COLATINA E LINHARES EM 23.10.2015

VEJA ESSA REPORTAGEM MAIS ATUALIZADA
23/10/2015 09h26 - Atualizado em 23/10/2015 09h26
Nível do Rio Doce entre Colatina e Linhares, no ES, chega a 5 cm
O nível normal do rio é de 1,20m.
Novas imagens mostram situação de seca próximo à rodovia estadual.
Do G1 ES, com informações de A Gazeta*
Rio Doce seca em área de estrada que liga Colatina a Linhares, no Espírito Santo (Foto: Luciane Ventura/ A Gazeta)
Rio Doce seca em área de estrada que liga Colatina a Linhares (Foto: Luciane Ventura/ A Gazeta)
Novas imagens do Rio Doce, visto da rodovia ES-058, que liga Colatina a Linhares, no Espírito Santo, mostram o cenário desolador da seca. Antes, às margens da rodovia era possível ver água na região, mas hoje a área está completamente deserta. Quem passa pelo local também pode ver bois e cavalos pastando onde antes havia o rio.
Em Colatina, já foi decretada situação de emergência devido à seca. O nível do Rio Doce está oscilando entre 5 e 7 centímetros, sendo que o normal é de 1,20 m. Já a vazão do rio oscila entre 100 e 110 m³, mas está espalhada em uma área muito grande, o que dificulta a captação com as bombas.
A captação está sendo feita por bombas flutuantes. O diretor do Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear), Antônio Demuner, explica que estão sendo abertos canais com máquinas escavadeiras, além do uso de mais canos para captar a água ainda existente.
“Por enquanto, não vai haver racionamento em Colatina, mas precisamos da colaboração da população no sentido de consumir o mínimo de água, para que continuemos a abastecer de forma contínua”, afirmou.
No interior de Colatina, a situação é mais grave. Os rios e córregos que abasteciam os distritos de Baunilha, Ponte do Pancas, São José do Cantão, Paul de Graça Aranha e São Salvador, secaram. Agora, o abastecimento já é feito com carro-pipa.
Demuner explicou que a água potável retirada de um hidrante na saída de Colatina é levada direto para o reservatório dos distritos. Três carros-pipas circulam o dia todo para abastecer essas localidades.
E, se já não há mais água para abastecimento humano, também falta para irrigação. O secretário de Desenvolvimento Rural, Ricardo Pretti, já estima um prejuízo de 50 milhões na pecuária e café no município.
Pretti disse que falta alimentação para o gado e que alguns estão buscando em Minas Gerais. Segundo ele, para prevenir a seca nos próximos anos, o município vai acelerar o projeto de construção de barragens.
FONTE: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/10/nivel-do-rio-doce-entre-colatina-e-linhares-no-es-chega-5-cm.html

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

COLETA DE RESÍDUOS PLÁSTICOS: O COMEÇO DE UMA AÇÃO

Desde 2011, as comunidades do setor Imbiruçu (Imbiruçu, Bom Conselho, Nossa Senhora de Lourdes e Caracol) vêm fazendo uma atividade ecologicamente correta, que desperta, no mínimo, debate na localidade.
Trata-se da Coleta dos Resíduos Plásticos em Lavouras Cafeeiras. Uma iniciativa da Associação de Pequenos Produtores de Caracal e Região (APPCRE), AMMVA (Associação dos Mutuenses Moradores no Vale do Aço) e apoio, inicialmente, da Pastoral Social.
Em entrevista com Deusdeth Amorim Jr, Presidente da AMMVA, obtivemos as seguintes informações:
A ideia de começarmos a fazer algo em beneficio do meio ambiente em Mutum, veio no treinamento da campanha da fraternidade do ano de 2011, cujo tema foi Fraternidade e a Vida no Planeta.  E o Lema: “ A criação geme em dores de parto “ (Rm 8,22). Este treinamento foi realizado no salão paroquial (ao lado da Igreja) e os  assessores foi João Resende, irmão  Sacramentino,  do  Mobom (Movimento da boa nova), de Dom Cavati.
Durante o estudo de texto, fomos divididos em vários grupos. Teríamos que responder algumas perguntas e delas retirar uma AÇÃO CONCRETA. No nosso grupo participava, Eu, João Lacerda (Santa Terezinha), João Rodrigues (Himalaia), Jose Maria “Quiquila” (Bom Conselho) e Tim Fideles (Caracol). A ideia de fazermos a coleta dos resíduos plásticos das lavouras veio do João Lacerda. A ideia de pronto foi aprovada por todos, mas passada a euforia, começamos as conversar de como fazer as coletas, guardar os resíduos e o que fazer com o produto coletado.
Depois de muito conversarmos e ter inúmeras incertezas, o Zé Quiquila e Tim Fideles foram decisivos, quando disseram que a primeira coleta poderia começar  pelo Imbiruçu e que  seria realizada através da APPCRE (Associação dos Pequenos Produtores do Caracol e Região).
Eles se responsabilizariam pela coleta e o transporte dos resíduos para o pátio da associação. Bom, até aqui já tínhamos caminhado bastante, tínhamos a logística da coleta e o transporte, mas  nos deparamos com o seguinte questionamento, O que fazer com o resíduos ? 
Depois de um bom tempo de incertezas, eu tive a audácia de dizer que se a coleta fosse realizada a AMMVA (Associação dos Mutuenses Moradores no Vale do Aço) se responsabilizaria para dar um destino final para o resíduo. E assim apresentamos para a assembleia nosso estudo e a ideia da ação concreta. Até aqui, as ideias estavam fluindo e as conversas e sonhos tomavam conta  todos.
Após o treinamento, era chegada a hora de colocarmos nossas ideias em ação. O empecilho agora era a distância geográfica e as poucas condições de nos comunicar. Todos os nossos contatos a partir daí foram por telefone.  E assim decidimos que a coleta seria feito num chuvoso mês de Abril.  A primeira ideia era levar este resíduo para a usina de reciclagem que fica as margens da estrada de Lajinha para Durandé. Mas não conseguimos nenhum contato e as dificuldades foram aumentando. E para “dificultar”, o então pároco em Mutum, Pe. Silas de Barros, fez a solicitação dos resíduos que seriam coletados nas lavouras de Imbiruçu, para fazer parte da celebração do encerramento da Campanha da Fraternidade em Mutum, durante a Semana Santa.

"Agradeço aos medíocres por terem me ensinado o que os vencedores jamais poderiam me ensinar. Com eles aprendi, exatamente, o que eu não devo fazer para obter o sucesso"
Glauco Battista

REGISTRO DA 7ª Coleta

Essa parceria entre a AMMVA e a APPCRE tem rendido bons frutos, como a entrada da região de Imbiruçu nos projetos do Instituto Terra, tendo como finalidade recuperar as nascentes. É um desdobramento do trabalho iniciado em 2011. Preservar o meio ambiente é preservar a vida no todo.