RESUMO
No médio
rio Doce, entre 1930 e 1960, as terras de floresta foram ocupadas pela
agricultura e pecuária. No início as culturas agrícolas encontraram condições
favoráveis para se expandir, mas não suficientes para se consolidar, antes de
dar lugar à pecuária, como é comum na história da agricultura brasileira. As
terras cobertas pela floresta foram tomadas pelo capim-colonião (Panicum
maximum Jacq. var. maximum) num ritmo maior que o avanço
da atividade humana. A gramínea africana encontrou condições excepcionais para
se alastrar, dadas pelo relevo, pelo clima e pelo manejo praticado por
agricultores e fazendeiros. As suas características biológicas favoreceram o
avanço das pastagens. O capim-colonião não diminui a força dos elementos
socioeconômicos, marcados por relações de poder em que o fazendeiro levava
nítida vantagem, mas entender sua biologia contribui para a compreensão da
configuração do território do rio Doce.
"A mentalidade do agricultor é outra, é diferente do pecuarista, profundamente diferente do pecuarista, ele é mais ligado à terra, é mais ligado à ecologia e o pecuarista não, pecuarista é um predador é a própria atividade dele é de tirar o máximo proveito sem devolver nada, por isso que essas terras estão empobrecidas quando chegou no ponto em que ele pensava investir nas terras ele preferiu comprar terra no Paraná e depois, comprar terra no Pará é mais fácil, é mais cômodo e mais econômico pra ele fazer isso do que recuperar as terras, vai ter que fazer investimento nela que a tecnologia dá a solução pra isso mas gasta dinheiro e ele não quer."
"A mentalidade do agricultor é outra, é diferente do pecuarista, profundamente diferente do pecuarista, ele é mais ligado à terra, é mais ligado à ecologia e o pecuarista não, pecuarista é um predador é a própria atividade dele é de tirar o máximo proveito sem devolver nada, por isso que essas terras estão empobrecidas quando chegou no ponto em que ele pensava investir nas terras ele preferiu comprar terra no Paraná e depois, comprar terra no Pará é mais fácil, é mais cômodo e mais econômico pra ele fazer isso do que recuperar as terras, vai ter que fazer investimento nela que a tecnologia dá a solução pra isso mas gasta dinheiro e ele não quer."
Palavras-chave: Rio
Doce, capim-colonião, espécie invasora
Leia o artigo na íntegra em: Varia Historia - Biological elements in the River Doce's territory configuration
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